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Letrinhas do RDB

Esporte para toda a vida

As oportunidades que a vida nos oferece ocorrem sem ao menos a gente esperar. Chegar e entrar no ambiente de um jornal, o que mais desejava, foi desta maneira. Com os pés no chão, tratei de agarrar o momento. O passo seguinte, ou bem mais para frente, seria fazer reportagens de esporte de um modo geral e ininterrupto. O começo deste caminho foi ser lembrado por Narciso Baptista para fazer parte da delegação de A Notícia na cobertura dos Jogos Abertos de Santa Catarina de 1978, em Caçador.

No final deste mesmo ano, quando o recém chegado diretor presidente de AN, Moacir Thomazi, começou a colocar ordem na casa, a redação estava recebendo também seu novo diretor de redação. Jorge Antônio da Silva, que atuava na comunicação do Grupo Hansen, e que já tinha passado pelo jornal nos anos 1960, estava voltando para um novo desafio.

Logo depois de ficarmos sabendo que Jorge passaria a ser o diretor de redação de A Notícia, não tive dúvidas em procurá-lo. Seria a chance de, pelo menos, expor minhas ideias. Afinal, já estava no ambiente jornalístico, mas ainda faltava um lugar para completar esta moldura. O esporte seria a realização plena de um sonho que sempre acalentei.

E lá fui, com hora marcada, um pouco depois das 10 da manhã, aguardava por Jorge no saguão do grande prédio da Cia Hansen, na rua Xavantes. Era lá que o nosso novo diretor cumpria expediente quando aceitou o desafio de ser o substituto de Nerval Pereira.

Foram pouco mais de 30 minutos, quando consegui apresentar minhas ideias e sugestões para uma cobertura constante do esporte amador nas páginas de A Notícia. Antes, havia participado da equipe que esteve nos Jasc de Caçador. Dali para frente, o jornal ficaria sem estes assuntos por um bom tempo. Por isso, resolvi me colocar à disposição para uma tarefa que sempre pretendia realizar.

Quando Jorge se instalou na direção de redação do jornal, em fevereiro de 1979, uma de suas primeiras providências foi a minha oficialização como “responsável pela página de esporte amador”. Um mês depois, comecei efetivamente a preencher uma página inteira com noticiário dos esportes amadores. No início, Narciso passava os olhos e sua caneta sobre meus textos.

A partir da mudança do jornal do centro da cidade, na rua Abdon Batista, para o bairro Atiradores, na rua Caçador, é que a direção da empresa entendeu que os setores precisavam ser distribuídos em editorias. No caso do esporte, não havia a previsão de uma divisão entre “esporte profissional”, unicamente o futebol, e o “esporte amador”. Nesta descoberta, quase por imposição dos leitores, ganhei o devido reconhecimento como editor, que antes estava numa única editoria.

Jorge ficou por pouco tempo nessa função, mas agradeço a ele pela oportunidade. Dali para frente, dei continuidade a esta atividade no restante de minha vida profissional. O jornalismo esportivo era um sonho de garoto e consegui concretizar. Mesmo que em determinado momento não me permitiu meu crescimento profissional em A Notícia. Havia uma vaga para editor de geral do caderno AN Cidade. Para preenchê-la foi aberto um processo interno. Cada um dos candidatos foram chamados e explicados os motivos que impediram seus aproveitamentos. Um era por falta de experiência em edição. Outro por achar que seria uma chance de subir em cifras. A desculpa que me passaram: “Você é do esporte!” E não me arrependo.

Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos.

Aguardo seu contato para prestar mais detalhes, através do e-mailrdbjoinville@gmail.com

Jorge Silva teve destacada atuação na imprensa de JoinvilleFoto: arquivo


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